Conferencia parte II: sapatos e sobremesas nao se partilham

Depois da conturbada viagem ate ao sitio da conferencia, a CK (que vai deixar de ser Priscilla ate haver novo upgrade do Elvis, que continua a ser apenas menino de esferovite), dizia-se entao a CK la comecou os prepares para a conferencia. La estava tambem a Coleguinha idiota FDP (e alem do mais feia e nao muito elegante), que pediu desculpas pelos eventos passados, passando assim a ser Coleguinha ex-idiota FDP (e alem do mais feia e nao muito elegante)

No domingo a noite organizou-se um jantar com imensos clientes num restaurante girissimo. A comida era excelente. Tudo fantastico. O que nao se consegue explicar e como e que de taxas de cambio, o assunto passou para sapatos e sobremesas. A meio da noite la se saiu a CK com “sapatos e sobremesas nao se partilham” (faltava dizer homens tambem, mas a audiencia nao era a adequada. E a partir dai foi o fim da macacada. Nao porque o alcool fosse elevado, porque ate todos se comportaram muito bem (o que e de estranhar pois ha prai historias de clientes terem de ser carregados para o quarto por almas caridosas e aparecerem milagrosamente intactos no dia seguinte, ou ate conferencias em que a CK teve que ouvir detalhadamente os pormenores dos fluidos expelidos pelas mulheres de clientes depois de uma noite de copos – e nao e invencao!!!)

O resto da conferencia foi passado com “Mas agora a serio, quantos sapatos e que tens”, “ Mas, oh Imelda, tamos nas dezenas ou nas centenas?”

Na segunda feira depois de la ter de dar o speech do costume, e ja um pouco menos stressada, a CK la arranjou uma hora pra ir ao shopping. “Compro um fato na Ann Taylor e ja esta”, pensou. Mas nao. A caminho da Ann Taylor havia uma loja de sapatos com umas sandalias brasileiras giresimas (mesmo, mesmo) e, dois pares de sapatos mais tarde, la tavam as compras terminadas.

A carrinha do hotel e que nao apareceu a hora prevista e a CK viu-se grega para regressar ao hotel. Com montes de sacos no braco, la chamou um taxi. Quando chegou, o taxista perguntou se a CK nao se importava de partilhar o taxi com um senhor. A CK la disse que nao. E observou introspectivament “Ena pa, aquele gajo comprou mais cem vezes que eu!”. Turns out que o gajo era cliente dum colega e era tambem do medio oriente, e ja agora, tambem se tinha esquivado da conferencia por duas horas! “Ha ha , ganda sorte” – pensamento introspectivo. E o cliente ainda insistiu em pagar o taxi porque a CK saved his life.

Acham voces que esta a historia terminada? Pois nao esta. Assim que o taxi chega ao Hotel esta o cliente comprador a sair do taxi, com a CK tambem. Os dois cheios de acos e de oculos de sol. E ta o cliente-muito-muito-importante. A espera dum taxi que nao chega para ir para o aeroporto. E a salvacao! A CK la lhe acena e enfia-o no taxi. “You saved my life”. Porra, duas vezes no mesmo dia, e tudo por causa duns sapatos, pensa a CK!!!

Como se tal ainda nao fosse suficiente, chegada ao escritorio na qurta a CK depara-se com um email da Coleguinha ex- idiota FDP (e alem do mais feia e nao muito elegante) a todos os clientes do jantar. Tinha-se feito uma eleicao no jantar para decidir quais os futuros valores dos principais mercados financeiros – sim e verdade – e tinha-se anunciado como premio uma caixa de vinho. Pois a Coleguinha ex-idiota FDP (e alem do mais feia e nao muito elegante) diz aos clientes no email que em vez da caixa de vinho, se dara ao vencedor um bocadinho da sobremesa favorita da CK e acesso a alguns dos seus pares de sapatos

Os dias seguiram-se com jorradas de mails sobre bolo de chocolate e sapatos